LOCAL: CECREI, SÃO LEOPOLDO
1 – ORAÇÃO INICIAL – OFÍCIO DIVINO DAS
COMUNIDADES
2 – APRESENTAÇÃO DOS PARTICIPANTES
3 – TEMA: OFÍCIO DIVINO DAS
COMUNIDADES
PRIMEIRA PARTE PELA MANHÃ: A PARTE
MAIS DE FORMAÇÃO
SEGUNDA PARTE À TARDE: PEQUENAS
OFICINAS EM GRUPOS
TERCEIRA PARTE À NOITE: VIGÍLIA PELA
PAZ
EXPLICAÇÕES SOBRE O OFÍCIO DIVINO DAS
COMUNIDADES
É uma oração planejada, mas que
precisa de ensaio: ensaiar os cantos, os salmos, para que seja partilhado.
Oração que se dirige a Deus nas
diferentes horas do dia.
Qual o momento do dia que mais
gostamos?
Como sentimos as horas?
O que fazemos nas horas do dia?
Em que hora da vida estamos?
Já vivemos uma hora que marcou nossa
vida?
Estas perguntas nos ajudam a entender
a liturgia das horas.
Somos convidados a viver o tempo que a
bíblia nos propõe: um kairós – a hora da graça.
O Ofício, ao interromper o trabalho
pela oração, liberta o TEMPO...
As fotos no PowerPoint são de um grupo
que vive e celebra o Ofício Divino das Comunidades.
O ofício, como toda a liturgia aponta para
o Keirós, à medida que faz memória das
manifestações.
Neste sentido, todo trabalho feito com
amor, a serviço da vida, todo gesto de compaixão é um OFÍCIO DIVINO.
Mas chamamos ofício divino,
especialmente o trabalho comunitário de louvor e intercessão, pela salvação do
mundo.
Não tem a ver com beatice, de ficar só
ajoelhado rezando, mas com a vida.
O ofício estabelece um ritmo
(determinadas horas: determinados cantos, orações, ações simbólicas... com
certa cadência na recitação, no canto)
Vai como que estruturando a vida.
Chama-
nos de volta ao nosso sopro... ao nosso equilíbrio ameaçado pelo ritmo
acelerado de nosso tempo.
De onde vem o ofício divino?
·
das
comunidades judaicas
Oração cotidiana 3 x ao dia
De manhã – antecipar-se ao sol para
agradecer e adorar o Senhor (Sb 16,28)
De tarde – ação de graças
·
de
Jesus
Jesus orou como judeu, conheceu a
oração diária, 3 x ao dia
·
das
primeiras comunidades cristãs
Fizeram do ensinamento de Jesus seu
ideal.
As 9h - hora terceira – oração da
manhã
As 3h - hora nona – oração da tarde (At
3,1-2.15)
Vigília noturna – comunidade de
Jerusalém, na prisão em Filipos à meia noite, em Trôade, a liturgia habitual do
domingo (cf, At 20,7-11)
·
das
comunidades do século III
Orar sem cessar: ao levantar-se, às 9
h, ao meio-dia, as 3 da tarde, ao cair da tarde e à noite.
·
das
comunidades do 4º século
Assembleias cotidianas com o povo
Especialmente manhã e tarde.
Depois do século IV, aconteceu a
fixação da liturgia em latim; a sobrecarga de elementos devocionais; a
clericalização.
As orações foram ficando para o clero.
Para o povo sobraram as devoções.
O ângelus 3 x ao dia.
Necessidade de voltar às fontes.
Movimento
litúrgico
- redescoberta da liturgia das horas
- a comunidade ecumênica de Taizé: a
oração das horas com multidões.
CONCÍLIO VATICANO II
1963 – Sacrosanctum Concillium
1971 – reformulação do Ofício
O ofício divino faz parte da Igreja
Ofício Divino é o nome + antigo
Breviário – abreviação
Opus Dei – tradição beneditina
Liturgia das horas – depois do Conc.
Vaticano II
Ofício Divino das Comunidades
Ofício = LIT - URGIA = trabalho; ação
do povo ou a favor do povo
Divino – ação de Deus a favor do povo
(Não apenas nossa ação.)
Das horas – no ritmo das horas
Das comunidades = celebrado pelas
comunidades
A música de abertura não se diz a
página, pois são cantos de repetição.
Na liturgia quem age em primeiro lugar
é Deus.
A reforma do Concílio resgata do
Ofício:
- a memória da páscoa
- no ritmo das horas
A Hora articula-se com
- o dia – domingo e dias da semana
- o tempo litúrgico- natal, páscoa
- santoral – solenidades, festas e
memórias
- em comunidade, com a participação do
povo
Uma oração que sustenta a vida de
cristão,
porque fala do mistério de Cristo, é bíblica, de louvor.
É fonte de piedade e alimento da
oração pessoal.
Não é reservada aos clérigos e monges,
mas pertence a toda comunidade cristã.
Enculturação
A Igreja não deseja impor uma forma
rígida e única.
FOI ELABORADO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO:
- A TRADIÇÃO DA IGREJA de celebrar em
determinadas horas, uma oração de louvor e intercessão.
- O JEITO DE CELEBRAR A FÉ EM NOSSA
AMÉRICA LATINA
- A PIEDADE POPULAR buscando realizar
a mútua fecundação entre liturgia e piedade popular, correspondendo aos anseios
de oração e de vida cristã que o povo manifesta.
O LOUVOR DE DEUS NA BOCA DO POVO
O rito
Como está estruturado o Ofício
A reforma do Concílio Vaticano II é
teológica, pastoral e espiritual.
ORGANIZA DE MODO PECULIAR ELEMENTOS
COMUNS A TODA
CELEBRAÇÃO CRISTÃ:
- salmos, leituras bíblicas, meditação
- hinos e orações
...
Cada ofício segue o seguinte esquema:
- chegada
- abertura
Recordação
da vida – LEMBRANÇA DE FATOS: SINAIS DA PÁSCOA EM NOSSA HISTÓRIA. SENTIDO DO
MISTÉRIOS (TEMPO LITÚRGICO, SANTO OU MÁRTIR)
Conforme
a ocasião, a recordação pode ser
o que significou o dia, o encontro...
Hino -
expressas louvor a Deus, expressando o mistério celebrado
- na hora
Ao
tempo litúrgico
Salmos – o texto em si:
·
Relação
com a história: êxodo, exílio...
·
Relação
de aliança - diante de Deus sem
maquiagem
O
salmo como oração de jesus – sentido cristológico
O
salmo como oração nossa:
Em nome de
Jesus, na fé da igreja
Leitura bíblica (aclamação/ responso)
– evangelho do dia – aclamação
- outras leituras
Meditação (pode ser uma leitura
orante, se tiver tempo)
Cântico evangélico
De manhã: cântico de Zacarias
De tarde: Cântico de Maria
Tardinha: Simeão
Preces, pai nosso, oração
PRECES
- RESPOSTA À Palavra de deus meditada
nos salmos e na leitura bíblica.
- como povo sacerdotal, unido a oração
de
Jesus e do seu espírito, no louvor e na súplica, pelas necessidades da
humanidade,
Bênção
- conclui o ofício
- pede a bênção para a vivência do
dia.
CHEGADA – SILÊNCIO E ORAÇÃO PESSOAL
GESTOS E SÍMBOLOS
- A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO
Espaço circular de preferência. Poucos
elementos, mas bem organizado que manifeste a presença do sagrado.
SINAL DA CRUZ
Não para começar. Primeiro o canto
invocando a presença de Deus.
No início dos cânticos evangélicos.
Estar de pé:
- na abertura
- no hino, a proclamação do evangelho
- no Cântico evangélico
- nas preces, pai-nosso, oração final
INCÊNSO
- na abertura do ofício da vigília
- antes da proclamação da palavra
- durante dos cânticos evangélicos
- durante as preces
RITO DE ACENDER VELAS
-no início de cada ofício
- na vigília do domingo (lucernário)
- no advento – 4 e 9 velas (novena)
- no tempo pascal – círio
Nos domingos: rito da aspersão
Advento: a coroa, cor rosada
Quaresma:...
OUTROS SÍMBOLOS
COM UMA PAERTICIPAÇÃO
- ATIVA
- INTERNA E EXTERNA
- CONSCIENTE
- PLENA E FRUTUOSA
Trata-se
de vivenciar a ação litúrgica em 3 dimensões:
-
sinais sensíveis: o gesto litúrgico é ação corporal
- sentido teológico: acompanhar com a mente o que faz o corpo
-
atitude espiritual: liturgia é fé em ação (atitude interior)
O sinal sensível: a hora, o sol que nasce e se põe, com
seu sentido primeiro expresso nos hinos, salmos..
. atingem nossa realidade.
Por isso, por menor que seja uma assembleia, não pode
prescindir de determinados SERVIÇOS,
em função da participação de todos.
QUEM COORDENA
CANTA A ABERTURA
- INDICA AS PG DO LIVRO (quando necessário)
Na frente ficam os que presidem, os leitores, quem vai
fazer alguma coisa na celebração.
GRUPOS: conversar sobre o que foi visto
Canto para o ofício da tarde.
Partilha:
- oração que perpassa por toda a história da Igreja
(LITURGIA DAS HORAS)
- no momento final da abertura – gestos
- o ofício foi difundido pela CEBS
SUGESTÃO DE LIVRO:
CARPENEDO, Penha. Ofício Divino das Comunidades: uma
introdução. São Paulo, Paulinas.
Tarde
1 - Ensaio do hino 53, p. 265 do ODC – SALMO 127
2 - DIVISÃO DE GRUPO (4) para preparar, vivenciar as
partes do ODC.
GRUPO 1 – CHEGADA NO OFÍCIO E DOS VERSOS DE ABERTURA
GRUPO 2 – RECORDAÇÃO DA VIDA E O HINO
GRUPO 3 – SALMODIA
GRUPO 4 – PRECES E ORAÇÃO DO PAI-NOSSO
·
intervalo
2 Apresentação dos grupos
3 Grupos para conversar sobre as apresentações
4 Partilha
O correto é 3 cadeiras: a do centro para quem preside, à
esquerda para quem canta o hino e a da
direita para quem fará a leitura do
evangelho.
A forma de celebrar é uma catequese.
O ODC tem um rito, uma sequência lógica. Fazer o rito com
ritualidade, para não virar ritualismo vazio.
Vivenciar, ter atitude interior coerente com o sentido do
rito que se está fazendo. Não ser rígido demais. Ter bom senso e encontrar a melhor
forma de celebrar.
O ODC não se constitui em algo que deva ser implantado.
Existe para responder ao anseio das pessoas de ter uma fonte onde alimentar sua
espiritualidade.
Quem sabe se o ano da fé nos faça voltar a beber
ODC é água pra quem tem sede.
1ª. Etapa descobrir onde estão os anseios de oração.
Ou começar pelos grupos de oração que já existem.
Em alguns lugares substitui a missa, quando não tem
padre.
Quinta pela manhã
1 – ODC na capela
2 – VIII SULÃO
Pedir que os delegados repassem o conteúdo do SULÃO à sua
diocese.
Escolher bem os delegados, que sejam pessoas que sejam
multiplicadores.
O Hino do VIII Sulão deve continuar a ser trabalhado,
pois fala da missão da Iniciação à Vida Cristã.
3 - ENCONTROS
REGIONAIS DE 2014
Ficaram determinados os encontros regionais para o
próximo ano:
1º encontro de 2014 - 23 e 24 de abril
2º encontro de 2014 – 17 e 18 de setembro
Local – Casa das Salesianas
4 - EM GRUPO foi feita a avaliação da Animação
Bíblico-catequética neste ano de 2013: (Grupos aleatórios)
1 - Pontos positivos nos nossos encontros:
2 - O que melhorar:
3 - Sugestões de conteúdos, sobre os encontros, o que
gostariam que acontece nos encontros.
AVALIAÇÃO DO ENCONTRO
1. PONTOS POSITIVOS
·
- (2) A PROPOSTA DE CONTEÚDO ESTUDADO NOS DOIS
ENCONTROS – VIII SULÃO E ODC
·
- (2) FORMAÇÃO ORANTE E VIVENCIAL – METODOLOGIA
UTILIZADA COMPLEMENTADA COM VIVÊNCIAS
·
O CLIMA FRATERNO QUE VAI SE FORMANDO ENTRE O
GRUPO
·
- A PRESENÇA DO BISPO REFERENCIAL
·
- BOA ORGANIZAÇÃO
·
- (3) ESPAÇO DA CASA RESERVADO NO
CECREI, APESAR
DOS RETIROS – HOSPEDAGEM, QUARTOS MUITO BONS
·
OS ENCONTROS DE FORMAÇÃO
·
(2) A PARTILHA DA VIDA, COMUNIDADE, CONVIVÊNCIA -
AS EXPERIÊNCIAS PARTILHADAS
·
HORÁRIO RESPEITADO
·
MOMENTO DE INTEGRAÇÃO, BRINDES COM HORÁRIO
ADEQUADO
·
ESPÍRITO DE FORMAÇÃO DO REGIONAL
2.
A
MELHORAR!
- · - A DESCONTINUIDADE DE PARTICIPANTES NO ENCONTRO
- · - O RESPEITO AOS HORÁRIOS DE INÍCIO DO ENCONTRO
- · A PARTICIPAÇÃO INTEGRAL DE QUEM VEM, ENTRA E SAI
- · COORDENADOR REGIONAL DE PASTORAL E O BISPO REFERENCIAL DAREM SUA MENSAGEM (GOSTARÍAMOS DE OUVI-LOS)
- · ALIMENTAÇÃO FICOU A DESEJAR
- · PREÇOS E QUALIDADE TIVERAM DISCREPÂNCIA
- · QUE OS CONTEÚDOS ESTUDADOS NO ENCONTRO SEJAM DIVERSIFICADOS, BEM COMO OS ASSESSORES, PARA APROVEITAR O TEMPO, NÃO DELONGANDO-SE EM UM TEMA APENAS
·
ENCERRAR O PRIMEIRO DIA COM A CELEBRAÇÃO
EUCARÍSTICA
3.
SUGESTÕES:
CONTEÚDO, LOCAL, DURAÇÃO, OUTROS...
·
CONTINUAR COM FORMAÇÃO VIVENCIAL
·
LEITURA ORANTE DA ORAÇÃO
·
COMO TRABALHAR UMA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS
CATEQUISTAS
·
ESTUDO DO DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE
·
DOCUMENTO 104 DA CNBB
·
NA NOITE DA CONFRATERNIZAÇÃO, QUE O GRUPO ESTEJA
TODO PRESENTE
·
MELHORAR O EMPENHO COM OS PRÊMIOS PARA O SORTEIO
(NÃO LEVAR COISAS QUE ESTÃO SOBRANDO NA DIOCESE)
·
PARTILHA DAS EXPERIÊNCIAS DAS DIOCESES,
INTERCALADOS, ANTES OU NA VOLTA DOS INTERVALOS, CINCO OU DEZ MINUTOS CADA, COM
OBJETIVIDADE E ENTREGA DE ALGUM MATERIAL
·
RESPONSABILIZAR COM ANTCEDÊNCIA AS DIOCESES PARA
ATIVIDADES COMO ORAÇÃO, LITURGIA...
·
NÃO SORTEAR LIVROS COM CONTEÚDOS ULTRAPASSADOS –
CADA PARTICIPANTE TRAGA UM BRINDE
·
REVER A QUESTÃO DA ALIMENTAÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO
DA CASA PARA O SULÃO, CASO CONTRÁRIO DEICXARÁ A DESEJAR
·
QUE SE DEDIQUE UM TEMPO PARA FAZER UM ESTUDO DA
REALIDADE DAS DIOCESE, PARTILHAS, ESCUTA POR PARTE DO REGIONAL, POIS OS
COORDENADORES TRAZEM DIFICULDADES E BUSCAM SUPORTE NO REGIONAL
·
ESTUDAR A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ EM 2014
·
DIVULGAÇÃO DO SULÃO (HORÁRIOS)
·
PROVOCAR TROCA DE EXPERIÊNCIAS NÃO VERBAIS OU
ATRAVÉS DE SUBSÍDIOS POR EMAILS
·
PRODUZIR ALGO ESPECÍFICO DE INFORMAÇÃO (REVISTA,
BOLETIM)
·
ENCONTRO MAIOR COM CATEQUIZANDOS ALÉM DO SULÃO
PARA O REGIONAL SUL 3
·
TEMA: CATEQUESE E MEIOS DE COMUNICAÇÃO E REDES
SOCIAIS; INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ JUNTO À REDE DE COMUNIDADES
Veja todas as fotos no link abaixo:
OFÍCIO DIVINO
Fundamentos teológicos
Penha Carpanedo
1. O Oficio Divino ação de Cristo e do Espírito
A
peculiaridade da "oração litúrgica" está no fato de ser sacramento da
oração de Cristo através da assembléia litúrgica, sinal sensível da sua
presença e do seu corpo que é toda a Igreja. A assembléia litúrgica é
sacramento da Igreja, porque nela Cristo está ativamente presente com seu Espírito
(Cf SC 7; Mt 18,20).
A Constituição
litúrgica Sacrosanctum Concilium
expressou com palavras poéticas e densas a presença de Cristo no Oficio Divino:
"O Sumo Sacerdote da nova e eterna aliança, Jesus Cristo, ao assumir a
natureza humana, trouxe para este exílio da terra aquele hino que se canta por
toda a eternidade na celeste morada. Ele une a si toda a humanidade e associa-a
a este cântico divino de louvor." (SC 83).
Esse hino é
expressão da reverência filial do próprio Verbo de Deus, em diálogo, de amor
com o Pai desde o princípio, e que manifestou-se na plenitude dos tempos.
"Encarnando~se, o Filho não interrompe o seu hino, mas o introduz em nossa
terra e a ele associa a Igreja". [1]
A prece de
Jesus que a Igreja continua não é apenas a que se canta nas morada,s do céu,
mas também a prece que ressoa de dentro de sua vida cotidiana e da sua
atividade missionária (cf. IGLH 4 e 5); nas noites que Jesus passava em oração
(cf Mt 14,23.25; Mc 6,46.48), na oração dirigida a Deus antes de curar um
doente, no grito da cruz, na grande oração sacerdotal antes da sua morte (cf. Jo
17). "Durante a sua vida terrena, Jesus ofereceu orações e súplicas com
grande clamor e lágrimas àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido por
sua obediência (Hb 5, 7).
Jesus, antes
de passar deste mundo ao Pai, confiou à Igreja, não somente a memória da ceia, mas
também a sua oração, pois ele não pode mais separar-se do seu corpo que é a
Igreja. De tal maneira formamos uma única realidade com Cristo, que quando a
Igreja ora e salmodia, é o Cristo orando na voz da Igreja (cf. SC 7). A sua
oração, como o seu sacrifício, prolonga-se na Igreja. Cristo continua em nós,
povo sacerdotal que somos, sua atitude de gratidão, de contemplação, de louvor
ao Pai, na exultação do Espírito Santo. É o Espírito que nos faz entrar na
relação filial de Jesus com o Pai, porque "Deus enviou aos nossos corações
o Espírito do seu filho que clama: Abba, Pai!" (Gl 4,6). "O Espírito
socorre a nossa fraqueza, pois não sabemos o que pedir (corno convém, mas o
próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis" (Rm 8,26).
2. Oficio Divino, ação da Igreja
A Sacrosanctum Concilium afirma que
"Cristo continua a sua missão sacerdotal por meio da Igreja" que
louva o Senhor sem cessar e intercede pela salvação do mundo, não só com a
celebração da Eucaristia, mas de vários outros modos, especialmente pela
recitação do Oficio Divino" (SC 83).
Há, na Sacrossanctum Concilium, uma insistência
para que o Ofício seja feito e:m comum, ao menos em parte (cf. SC 99), que a
oração comunitária seja preferível à oração individual (cf. IGLH 33). A
Introdução Geral aplica à Liturgia das Horas a determinação conciliar que
afirma ser as ações litúrgicas não ações privadas, mas celebrações da Igreja
(...), ações que pertencern a todo o corpo da Igreja (cf. SC 26; IGLH 20) e
que, por isso, não pode ficar "reservada" a alguns. Por isso, a Sacrossanctum Concilium recomendou que
"também os leigos recitem o Oficio Divino" (SC 100).
A expressão
oração da Igreja "tinha, num passado recente, um sentido prioritariamente jurídico.
O Oficio era a oração da Igreja porque era organizado e regulamentado pela
Igreja, reconhecido oficialmente e confiado como obrigação a alguns delegados
para isso, os quais oravam "em nome da Igreja" [2].
No entanto, com a renovação conciliar, devolve-se o Oficio Divino ao povo de
Deus, à comunidade dos batizados. É da Igreja porque a Igreja realiza a ação.
Parte-se do mistério da Igreja, povo sacerdotal pelo batismo, animado pelo
Espírito Santo, com direito e obrigação de celebrar (cf. SC 14 e cf. IGLH n.
6-7), de formar "assembléia para louvar a Deus..." (SC 10). O caráter
eclesial da Liturgia das Horas é garantido, quando é realizada pela comunidade com
seus ministros ou mesmo por uma pequena assembléia formada por leigos (cf. IGLH
27) ou por religiosas que "representam a Igreja orante" (IGLH 24).
O sacerdócio
de Jesus, chave de compreensão do seu ministério, participado por todos os cristãos
mediante o batismo, confere fundamento, razão e valor à prece dos filhos e
filhas de Deus. Temos na teologia do sacerdócio dos fiéis, e em sua conseqüente
habilitação para o culto divino, fundamento do direito e da obrigação de todos
os fiéis de participarem da prece da Igreja. Não se trata de delegação exterior
e de caráter apenas jurídico. Trata-se de habilitação teologal.
O Oficio
Divino das Comunidades está organizado de tal maneira, que "exprime mais claramente"
a tradição de oração da Igreja, de modo que o povo não só pode mais facilmente compreender,
mas pode participar plena e ativamente da celebração (Cf. SC 21); coloca em
prática a recomendação do Concílio de que a liturgia não é ação privada, mas
pertence a todo o corpo da Igreja (SC 26; IGLH 20). Na prática do Oficio Divino
das Comunidades, um elemento muito valorizado é o espaço, de preferência em
forma circular ou semicircular, fazendo com que a assembléia possa se
posicionar sem separações de categorias, para possibilitar a intercomunicação e
para simbolizar a comunhão que o Senhor forma entre nós. (Em geral, os recintos
de nossas Igrejas são pouco adequados, não correspondem à eclesiologia de
comunhão e participação, e não permitem a necessária circularidade por parte da
assembléia).
3. A memória da páscoa associada à hora
Na organização
do ano litúrgico da Igreja, ao lado dos ritos de festa com seu ritmo anual ou
semanal, que faz um dia ou um tempo diferente do outro, há os ritos do
cotidiano que diferenciam uma hora das outras horas. Embora a Liturgia das
Horas leve em conta o ciclo anual e o ciclo semanal, ela se inscreve fundamentalmente
no ritmo diário. A Introdução Geral à Liturgia das Horas, partindo da Sacrosanctum Concilium que fala de
"consagrar, pelo louvor, o curso diurno e noturno do tempo" (cf. SC
81.1), define como finalidade da Liturgia das Horas a santificação do dia e de
toda a atividade humana (cf. IGLH 10-11 ).
A organização
do tempo faz parte da estrutura simbólico-sacramental da liturgia. O sinal sensível
(cf. SC 7) é o tempo, ao qual associamos o mistério da páscoa de Jesus com
elementos rituais próprios. Ao sinal sensível do amanhecer e do entardecer
associamos o mistério central da nossa fé, a morte-ressurreição de Jesus, em
sintonia com a vida que se movimenta para o trabalho no início de cada dia e
que retoma para o descanso em cada anoitecer. O símbolo fundamental é a luz do
sol que nasce e se põe, lembrando em cada manhã a visita do sol nascente, sol
da justiça, Jesus Cristo... e à tarde a sua vitória sobre as trevas trazendo
para o mundo a esperança de um dia sem ocaso. É do símbolo luz, associado ao
Cristo que jorra toda a elaboração ritual do oficio da manhã e da tarde/noite.
Para que todos
possam celebrar melhor e mais perfeitamente o Oficio Divino nas circunstâncias
atuais, o Concílio estabeleceu dois momentos principais: laudes e vésperas. A hora
chamada matinas deixa de ser exclusivamente
uma hora noturna, podendo ser celebrada durante o dia, com menos salmos e
leituras mais longas. A hora de prima
foi supressa e mantida as completas. As três horas menores, terça, sexta e noa permaneceram
como celebração comunitária, podendo, porém, celebrar uma das três como hora
média.
Laudes e vésperas, "tidas como os dois pólos do ofício cotidiano, são
consideradas como as horas principais" (SC 89). A Sacrosanctum Concilium recomenda que o ofício da manhã e da tarde
sejam mais solenemente celebrados, principalmente aos domingos e festas, e que
a eles os fiéis sejam mais especialmente convidados (cf. SC 100) e que esses
ofícios sejam cantados (cf. SC 99) [3]. Teve-se
o cuidado de torná-los populares, colocando neles as "preces", a
recitação comum do Pai-nosso e evitando atribuir-lhes salmos muito difíceis.
a) O Ofício da manhã
A Introdução
Geral dá o sentido da oração da manhã afirmando que esta tem por finalidade
consagrar a Deus os primeiros movimentos da alma e da mente, antes de qualquer
outra ocupação... Celebrada ao chegar a luz do dia evoca a santa ressurreição
de Jesus "Sol da justiça" (Ml 4,2), nascendo do alto (Lc 1,78).
No início de
um novo dia, assumindo nossa responsabilidade na transformação do mundo, consagramos
o dia pelo louvor, intercedemos pelo mundo inteiro, como povo sacerdotal, como
corpo de Cristo. "Amanhã não pertence ao indivíduo, mas à Igreja do trino
Deus, à comunidade da família cristã, à fraternidade" [4],
lembra Dietrich Bonhöeffer. Por isso é tão importante a reunião dos irmãos e
irmãs, na confiança de que a compaixão de Deus se renova para o seu povo todas
as manhãs (Lm 3,22-23).
Em cada manhã
alegramo-nos com a chegada de um novo dia, com a luz do sol que põe: fim à
noite e mais nos alegramos porque em tudo isso reconhecemos o Cristo, luz que
vence as trevas evocando a nossa passagem da morte para a vida, nossa
participação no mistério da páscoa de Cristo, nosso mergulho na vida da
Trindade.
O Cântico de
Zacarias, trazendo a forte imagem do sol que vem do alto, é expressão jubilosa
do louvor da comunidade dos pobres à espera da libertação. Evoca, ao anunciar a
missão de João Batista, a vocação missionária da Igreja, da Igreja concreta
comprometida com o reino, com as lutas do povo. Vários hinos, especialmente no
tempo comum, cumprem esta função de louvar o Pai, pelo filho, luz que vem do
alto. O Oficio da manhã é voltado para o futuro, não só de nosso dia, mas da
vida do mundo. Aponta para um tempo novo de justiça e paz.
h) Ofício da tarde ou
noite
A oração da
tarde é celebrada quando anoitece, para agradecer o que temos vivido ao longo
do dia. Relembramos também nossa redenção por meio da oração, que elevamos
"como incenso", qual sacrifício vespertino, evocando o sacrifício de
Jesus na tarde da última ceia e também o sacrifício vespertino da sua entrega
na cruz. E hora de invocar a luz alegre da santa glória do Pai, Jesus Cristo
(cf. IGLH 38-39).
À tarde, com o
sol poente e a chegada da noite, sentimos no corpo o cansaço do dia, nos damos
conta da efemeridade de toda a realidade criada... Também nos alegramos com os
frutos do trabalho humano, "com as vitórias conquistadas e os passos dados
pelas nossas comunidades em busca da terra prometida" (ODC p. 472).
Recordamos a
paixão e a morte de Cristo, a sua Hora... mergulhando nas trevas, mergulhamos
no abandono de Jesus, tomamos nosso o seu grito na cruz, sentindo a nossa
própria escuridão, em comunhão com todo um povo que grita de tantas maneiras...
No meio da escuridão acendemos a lâmpada, em atitude de vigilância e de
confiança, acolhendo o dom da luz, renovando nossa esperança na ressurreição, num
dia novo, sem trevas, sem grito de dor.
O pôr-do-sol
corresponde à hora da ceia de Jesus na iminência da sua HORA (Lc 22,53),
"é pois, a hora do sacrifício vespertino (Sl 140,2) e da Eucaristia,
dando, a esta palavra, não seu sentido estritamente sacramental, mas de ação de
graças'por todos os dons recebidos no decorrer do dia que termina" [5].
Unindo-nos à
sua intercessão, pedimos pelas necessidades da humanidade e de toda a criação.
Vale a pena lembrar aqui as palavras de Bonhöeffer a esse propósito: "Esse
é o momento especial para a intercessão comum. Depois de um dia de trabalho,
rogamos a Deus por bênção, paz e preservação para toda a cristandade, para
nossa comunidade, os pastores e seu ministério, todos os pobres, miseráveis,
solitários, doentes e moribundos, vizinhos, familiares e por nossa comunhão.
Haveria outra hora em que poderíamos saber com maior profundidade do poder de
Deus e sua atuação do que na hora em que deixamos de lado o trabalho e nos
confiamos em suas mãos fiéis? Quando estaríamos mais preparados para pedir por
bênção, paz e preservação do que ali onde nosso fazer chegou ao fim? Quando nós
nos cansamos Deus realiza a sua obra. "Não dorme, nem cochila o guarda de
Israel" (Sl 22,4) [6].
c) o oficio de
vigília
Na tradição da
Liturgia das Horas, com o termo "vigília" se entendem diversas
coisas: a oração noturna privada dos cristãos nos primeiros três séculos; as
vigílias privadas das virgens e ascetas; uma vigília dominical da ressurreição,
como em Etéria e nas Constituições Apostólicas; noturnos
monásticos; a vigília batismal, originariamente celebrada só na vigília pascal
e mais tarde também na vigília de natal, epifania e pentecostes; vigílias
vespertinas ocasionais, principalmente no sábado, prolongadas por toda a noite
que se concluía com a eucaristia.
A celebração
das vigílias vespertinas ocasionais no sábado à noite torna-se uma prática muito
popular nos primeiros séculos da Igreja. Essa vigília era composta de uma salmodia,
oração e leitura, salmodia responsorial ou antifonal, com participação do povo,
diferente da salmodia contínua e de caráter mais meditativo das vigílias e dos
noturnos monásticos [7].
O oficio das
leituras corresponde às antigas matinas do cursus
(vigília de tipo monástico). Na reforma litúrgica do Concilio Vaticano II,
deixou de ter caráter apenas noturno, podendo ser rezado também durante o dia
(cf. SC 89). A Introdução Geral da Liturgia das Horas, porém, recomenda a celebração
da vigília para iniciar o domingo (sábado à noite) e as festas e solenidades,
com cantos apropriados do AT e a solene proclamação do evangelho da
ressurreição, concluindo-se pelo Te Deum
(cf IGLH 73). Dessa forma, diz Robert Taft, o Oficio das leituras, ao menos
quando é celebrado como vigília, pode ser considerado uma tentativa de
restaurar, em parte, a antiga vigília vespertina ocasional de que falamos acima[8].
No Oficio
Divino das Comunidades, a vigília é de tipo ocasional e é proposto para o
início do domingo no sábado à noite, ou das festas. Assim como os primeiros
cristãos esperavam a volta de Cristo; durante a noite de sábado para o domingo,
nós também celebramos aguardando a sua volta, gozando da sua presença no
sacramento da celebração pascal. Para as nossas comunidades, que vivem a fé
enfrentando tantas situações de escuridão, a vigília é um sinal que expressa a
resistência e a esperança que a luz irromperá tão certa como a aurora... Na
prática do Oficio Divino das Comunidades, o Oficio da vigília, com acendimento
das velas, é o mais festivo e muito do jeito do povo que conhece o costume de
começar a festa na noite anterior como na festa de São João.
A estrutura do
oficio de vigília (cf. ODC p. 453) é a mesma dos ofícios da tarde, incorporando
na abertura o rito da luz e do incenso. A leitura bíblica indicada no livro é o
evangelho do domingo, mas poderia ser um dos relatos da ressurreição conforme a
indicação da Liturgia das Horas.
4. Memória da páscoa associada aos dias e aos tempos
No ciclo
semanal, o oficio divino, ressalta o sentido pascal do dia, começando pelo domingo,
o dia da nova criação pela ressurreição de Jesus, com alguns elementos
característicos: salmos mais pascais (110, 114, 118, 148, 149,150), antífonas,
hinos, preces... Dentro desse ciclo semanal há na tradição o costume de ligar a
quinta-feira à memória da ceia, a sexta-fe1ra à memória da cruz, e o sábado de
manhã à memória de Maria. O Oficio Divino das Comunidade:s acrescenta à quinta-feira
a oração pela unidade, e no sábado, a comunhão com o povo de Israel. Além
disso, o Oficio Divino das Comunidades deu à segunda-feira um sentido ligado à
criação em comunhão com todos os que lutam pela preservação do universo e com
todos os trabalhadores; na terça-feira, invoca Deus como salvador, Deus da
nossa libertação, e na quarta-feira, alude ao reino de Deus e a sua manifestação
nos acontecimentos da caminhada do povo.
No ciclo anual
há Ofícios para os tempos e festas do ciclo do natal e do ciclo da páscoa, para
as festas do Senhor e para festas e memórias de Maria e dos santos e santas. O
Oficio divino das Comunidades assume a memória dos santos do calendário romano
e acrescenta os santos populares, os mártires da caminhada, santos e santas de
outras Igrejas e religiões, e alguns heróis da humanidade. No final do livro há
o calendário popular com indicações de leituras bíblicas correspondentes.
[1] FALSINI Rinaldo. Liturgia delle
ore, p. 22
[2] FALSINI, Rinaldo. Liturgia delle Ore, p. 30
[3] Cf.
SAGRADA CONGREGAÇÃO DOS RITOS. Instrução
sobre a música na liturgia, n. 37.
[4] BONHÖEFFER,
Dietrich. A vida em comunhão, p. 29
[5] ROGUETE
A. M. Comentário sobre a Liturgia das
Horas, p. 47.
[6]
BONHOEFFER, Dietrich. A vida em comunhão,
p. 56.
[7] Cf. TAFT Robert. La liturgia delle ore in oriente e in
occidente, p. 252-254.
[8] Cf. TAFT Robert. La liturgia delle ore in oriente e in
occidente, p. 254. Mantendo pelo
menos em parte o seu caráter noturno, pode ser celebrado de modo especial à
noite, manifestando "a ativa espera do Senhor que vai voltar" (IGLH
72). "O Oficio das Leituras foi organizado de tal modo que seja sempre
breve. E segundo a tradição, aqueles que desejarem que a celebração das
vigílias do domingo, solenidades e festas sejam prolongadas (...)
acrescentam-se os cânticos para isso indicados no apêndice (...), lê-se o
evangelho (...), depois canta-se o hino Te
Deum e se diz a oração. Nas solenidades e festas, toma-se o evangelho do
lecionário da missa. Nos domingos, toma-se da série do mistério pascal"
(IGLH 73).
OS ELEMENTOS DO OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES
Penha Carpanedo
1. Embora o Oficio divino leve em conta o ciclo anual e o ciclo semanal (OD~.p.
452), ele se inscreve fundamentalmente no
ritmo diário, feito de'-inanhã e taroé, dia e noite. O específico da liturgia
das horas é fazer o memorial da pà"SCoa de Jesus ligado às horas do dia. O
sol que aparece e se esconde é símbolo cósmico do mistério da morte e
ressurreição do Senhor, que deu origem à elaboração ritual do oficio da manhã e
da tarde.
2. De manhã renovamos nossa adesão ao Cristo e consagramos o
dia pelo louvor. O símbolo fundamental é o sol nascente, fonte de vida e de
alimento, de calor. No início de um novo dia, assumindo nossa responsabilidade
na transformação do mundo, intercedemos pelo mundo inteiro, como povo
sacerdotal, como corpo de Cristo.
3. O final do dia, nos lembra as trevas da paixão e morte de Cristo,
a efemeridade de toda a realidade criada. Mas o dom da luz nos lembra de novo o
Cristo, luz do mundo. Damos graças a Deus pela vinda da luz que nos tira
da escuridão (lucernário). Outros elementos: intercessão pelas necessidades da
humanidade; agradecimento pelas graças recebidas durante o dia principalmente pela
resurreição de Cristo; pedido de perdão pelas falhas cometidas; pedido de proteção
durante a noite que se aproxima.
4. A celebração de cada dia e de cada hora, aguça o nosso olhar para
descobrirmos no cotidiano da vida, na aparente monotonia das coisas, a presença
amorosa de Deus. Estes ofícios de louvor (manhã) e ação de graças (tarde), a
cada dia, vêm LEMBRAR a nós que vivemos imersos no tempo (chronos ), no
trabalho e na luta cotidiana, que há uma salvação de Deus operando na história (kairós)
e nos convida a agradecer, a fazer o que Paulo recomenda na carta aos
Tessalonicenses: "Que ninguém pague
o mal com o mal,. procurai sempre o bem entre vós e para todos. Ficai sempre
alegres, orai sem cessar, dai graças por tudo. É isso o que Deus quer de vós
como cristãos." (Ts 5,15). É apelo à gratuidade seja na relação com
Deus e com as pessoas, seja com as coisas que nos circundam. Thomas Moore, em
"Cuide da sua alma" fala da importância das pequenas coisas para a
vida da pessoa: "De alguma perspectiva grandiosa da vida, pode parecer que
só os grandes eventos acabam tendo importância. Para a alma (a infinita
profundidade de uma pessoa), no entanto, os menores detalhes e as atividades
mais comuns, levados à cabo com atenção e arte, tem um efeito bem maior do que
aparenta sua insignificância" (p. 250).
5. Não é fácil viver a novidade de Deus através de elementos comuns todos
os dias. Há o perigo de cairmos na rotina, repetindo o rito sem perceber o
seu significado. Mas também não resolve inventar cada dia coisas novas. É da
natureza do cotidiano a repetição. O que se requer é descobrir a presença de
Deus no cotidiano da vida, em cada momento presente, perseverando na busca de
Deus, sabendo que muitas vezes é na aridez do deserto que Deus nos espera.
6. A páscoa é a mística que unifica todas as celebrações do ano. A
festa anual da páscoa, faz de um modo mais intenso, a memória da ação
pascal de Deus na história, em
Jesus Cristo , mas nas celebração de cada domingo e de cada
dia da semana, é sempre a páscoa do Senhor - que celebramos. Trata-se de
prolongar a alegria da festa até a segunda feira depois do domingo, de
"impregnar de páscoa o aro inteiro".
7. São João tem uma palavra
significativa: "sabemos que
passamos da morte à vida se amamos os irmãos". Este ponto fundamental
da proposta cristã, pertence ao cotidiano. E no verdadeiro amor que damos aos
irmãos que se verifica a transformação que Deus realiza em nós. Sabemos o que significa
a luta para superar nossas expectativas, nossas exigências em relação aos
outros, para amar gratuitamente. Vamos à celebração da comunidade cada dia,
como pobres, como necessitados da compaixão de Deus, para realizarmos, no
encontro com cada pessoa, esta passagem da morte à vida, amando sem esperar
nada em troca. Muitas
vezes sentimo-nos fracassados neste caminho. Sofremos decepções com os outros e
conosco mesmas. A liturgia vem nos lembrar cada dia, que Jesus superou o
fracasso humano. da cruz com o amor que vence a morte.
8. Liturgia é louvor, ação de graças. Penso que é fundamental que cada
pessoa cultive em sua vida "a convicção de que é filha de Deus,
amada, acolhida, independentemente de erros no passado ou de possíveis falhas
no futuro. Acreditar no desígnio de Deus-amor sobre cada criatura,
infinitamente maior do que nossas limitações e miséria humana., valorizando o
positivo que há na própria vida e nas outras pessoas.
9. O Oficio Divino pode ser rezado individualmente, sem nenhum rito.
Entretanto, sendo uma ação litúrgica, tem um caráter marcadamente comunitário e
celebrativo. O louvor de Deus se realiza na comunhão dos irmãos e irmãs, por
meio da Palavra e dos gestos simbólicos. (ODC p.14). Qualquer rito comunitário
precisa de um mínimo de estrutura. Sem isto cada coordenador(a) acaba tendo que
criar um esquema em cada oficio, correndo o perigo de impor o seu próprio gosto
(ODC p 10). Pode ser útil, retomar de vez em quando, o sentido dos elementos
que compõem o Oficio.
A) CHEGADA
O Oficio
Divino das comunidades introduziu o elemento da chegada, para que cada pessoa se
disponha interiormente para o louvor, curtindo a presença do Senhor, reunindo o
coração, de modo que a oração comunitária se apóie na oração pessoal. Estando
para iniciar a celebração, - diziam os rabinos, -disponha-se a "acender o
candelabro de Deus em seu coração, a retomar o caminho da misericórdia e a
reavivar a alegria da gratidão".[1]
O mantra,
neste momento, não pode ser mais um elemento que se introduz e que se usa de uma
maneira mecânica. Ele é sugerido em função da oração pessoal que antecede o
oficio. O clima deste momento é estabelecido pelo silêncio e pela quietude. Não
devemos passar mecanicamente do mantra à abertura ou transformar este momento
(da chegada) num rito de abertura antes da abertura.
B) ABERTURA
Um oficio
nunca começa com um comentário, nem com um cântico catequético. Os ofícios começam
com versos bíblicos de invocação de Deus ou de convite para o seu louvor. A
liturgia das Horas chama de invitatório a abertura do primeiro oficio do dia e
lembra que a sua função é "convidar os fiéis a cantar os louvores de Deus
e a escutar a sua voz (IGLH, n. 34). Ele consta de um verso do salmo 51, "Abri os meus lábios, ó Senhor. E minha boca
anunciará vosso louvor", seguido do salmo 95 (ou o salmo 100,67, ou
24), precedido por uma antífona e cantado de forma responsorial (IGLH, n. 34).
O oficio da manhã (quando esta não for o primeiro do dia) e o oficio da tarde
começam com o verso introdutório: "vinde,
ó Deus em meu auxílio. Socorrei-me, sem demora", mais o glória ao Pai e o aleluia. (IGLH, n. 41 ).
No Oficio
Divino das comunidades, considerando ser sempre o oficio da manhã o primeiro do
dia a Abertura deste oficio tem a
mesma estrutura do invitatório: o verso Estes
lábios meus, seguido de um segundo verso de acordo com a hora, o tempo
litúrgico ou a festa que corresponde à antífona, mais versos de um salmo, glória
e aleluia. No Oficio da tarde a
abertura segue exatamente o que está indicado no n. 41 da IGLH: o verso "Vem, ó Deus. da vida..., Glória ao Pai, o aleluia, acrescentando uma palavra
de acolhida e um verso sapiencial
ligado ao sentido da celebração. A abertura da vigília do domingo, começa com o
salmo 117(116), seguido de versos para acompanhar o acender das velas
(lucernário) e a oferta do incenso, mais o glória e o convite final.
·
Quem usa a Liturgia das Horas, pode encontrar
nestas aberturas do Oficio Divino das Comunidades, uma boa alternativa, com a
vantagem de serem cantadas e em forma de repetição, sobretudo para os dias da
semana, reservando o invitatório para os domingos e festas.
C) RECORDAÇÃO DA VIDA
A liturgia
celebra fatos, não celebra idéias. Não é reflexão de um tema, é memória da história
de Deus com o seu povo. Na reflexão de um tema privilegiamos a atividade da
mente que pesquisa, reflete, assimila informação, adquire conhecimento. Na
memória, o objetivo é buscar o sentido da vida e da história, reanimar o coração,
retomar o caminho da aliança com Deus.
Fazer
memória está ligado a um fato ou a fatos significativos. No Antigo
Testamento, o fato fundamental é o êxodo. A partir desta experiência toda a
vida tem uma dimensão de êxodo e de aliança. Lembrar o passado é viver no
presente a experiência de ser alguém libe$do por Deus.
A liturgia do Novo Testamento faz
memória da páscoa de Jesus. Jesus é o novo Moisés e sua morte e ressurreição é
o novo êxodo. Cada celebração faz memória deste fato fundamental. Lembramos Jesus,
que venceu a morte e nele trazemos a lembrança de nossas lutas e vitórias.
A vida está
"latente" em toda a celebração: às vezes é uma música que evoca a
lembrança de nossas vivências, às vezes é um gesto... mas é sobretudo no
momento da Recordação da vida que trazemos de maneira mais explícita os fatos
da vida. "A vida, os acontecimentos de cada dia, as pessoas, suas
angústias e esperanças, suas tristezas e alegrias, as conquistas e revezes da
caminhada, as lembranças marcantes da história, da comunidade, das igrejas e
dos povos, os próprios fenômenos da natureza são sinais de Deus para quem tem
olhos para ver e ouvidos para ouvir (...). Sentar para recordar a vida,
trazê-la de volta ao coração, partilhar lembranças e preocupações é ajudar a
tornar a oração verdadeira (Cf. ODC p. 11 ).
D) HINOS
Não é um
salmo, nem um cântico bíblico, ainda que seja inspirado na bíblia... De
natureza lírica, é destinado ao louvor de Deus, expressando o sentido da hora,
ou festa, ou tempo (Cf. IGLH n. 173). A introdução geral recomenda que se
introduza novas criações de hinos, levando em conta este critério (n. 178).
O Oficio das
Comunidades valorizou alguns hinos antigos, mas privilegiou os hinos e cânticos
da caminhada da Igreja do Brasil nos últimos 30 anos. As comunidades são
convidadas a terem seus próprios hinos, além dos que já estão no livro do
oficio.
E) SALMODIA
As comunidades
cristãs, desde cedo, fizeram dos salmos a base da sua oração e a expressão do
seu louvor (ODC p 11). Elas nos ensinaram que os salmos são uma escola de
oração e que neles aprendemos a juntar o louvor e o lamento, a ação de graças e
a intercessão, a indignação e a confiança. Com os salmos a gente aprende a
rezar ligado à história do povo de Deus, de ontem e de hoje, à luz do
acontecimento maior, a páscoa de Jesus.
"Quem salmodia em nome da
Igreja deve prestar atenção ao sentido pleno dos salmos especialmente ao
sentido messiânico, em virtude do qual a Igreja adotou o saltério. Este sentido
messiânico tornou-se plenamente manifesto no Novo Testamento... Seguindo este
método, os santos padres entenderam e comentaram todo o saltério como profecia
a respeito de Cristo e da Igreja. Com esse mesmo critério, escolheram-se os
salmos na sagrada liturgia" (IGLH 109). Na reforma litúrgica os salmos foram
distribuídos em 4 semanas, levando em conta as diversas horas do dia e as peculiaridades
de alguns dias da semana e, de certas festas "Na liturgia das horas quem
salmodia não o faz tanto em seu próprio nome, como em nome de todo o Corpo de
Cristo, e ainda na pessoa do próprio Cristo... No Oficio divino, os salmos em sua
seqüência oficial não se cantam em particular, mas em nome da Igreja, mesmo quando
alguém reza sozinho alguma das horas" (IGLH 108)
"Quem
salmodia sabiamente, irá percorrendo versículo por versículo, meditando um após
outro, sempre disposto em seu coração a responder, como exige o Espírito que
inspirou o salmista e assistirá igualmente as pessoas devotas, dispostas a
receber sua graça. Por isso, ainda que exigindo a reverência devida à majestade
de Deus, a salmodia deve desenvolver-se com júbilo espiritual e com doçura de
caridade, tal como corresponde à poesia sagrada e ao canto divino, e, mais
ainda, à liberdade dos filhos de Deus" (IGLH 104)
São Bento
apresenta em sua regra a grande disciplina da salmodia: "Consideremos de
que modo convém estar na presença de Deus e de seus anjos, e, ao salmodiarmos,
que nos mantenhamos em tal atitude que nossa mente concorde com nossa voz"
(RB 19,6- 7).
Como fazer:
Depois do
hino, alguém introduz o salmo. O cantor ou cantora o entoa e a comunidade entra
alternando com o(a) cantor(a), ou em dois coros. No final do salmo um tempo em
silêncio:..
Repetição de
algum verso que chamou a atenção, e, por fim, quem coordena conclui a salmodia com
a oração sálmica.
- O título que
precede o salmo é uma referência ao contexto de origem do salmo.
- O versículo
do novo testamento explicita seu sentido cristológico.
- No Oficio
das Comunidades há uma introdução (monição) que começa fazendo referência ao contexto
de origem do salmo, terminando com uma atualização.
- As antífonas
ou refrãos acentuam algum aspecto do salmo que poderia passar despercebido (no tempo
comum); confere matiz particular a determinado salmo em certas circunstâncias,
ajudando a compreender os seus diferentes sentidos (Cf. IGLH 113), conforme o
tempo, a memória, a festa.
- As orações
sálmicas não se caracterizam por sua referência à festa ou ao tempo litúrgico. Retomam
o conteúdo do salmo e o exprime em forma de oração cristã, na, comunidade (Cf.
LH 112). A oração sálmica é de tipo coleta. Tem a seguinte estrutura básica:
Invocação, memória, pedido, intercessão (em nome de Jesus) e confirmação da
assembléia (amém).
- Quanto à
forma de salmodiar, recomenda-se a forma alternada (Cf. IGLH, nn.121-125).
F) LEITURA BÍBLICA
O forte no
Oficio Divino são os salmos e cânticos bíblicos, palavra de Deus cantada e
meditada. Mas sempre escutamos uma leitura bíblica, que, segundo a introdução
geral, completa a leitura que se faz na missa, oferecendo assim uma visão geral
de toda a história da salvação (IGLH 143). De fato, a Liturgia das Horas foi
pensada para comunidades que têm missa todos os dias. O Oficio das Comunidades,
ao contrário, foi pensado para comunidades que não têm missa todos os dias. Por
isso, no tempo comum foi indicado uma breve leitura, mas se recomenda para
todos os tempos a leitura do dia conforme o lecionário dominical e cotidiano.
Que usa a
Liturgia das Horas, e não tem missa diária, pode se apoiar neste critério,
proclamando o evangelho do dia em dos ofícios e a leitura breve no outro.
G) MEDITAÇÃO
O tempo da
meditação é para deixar que a palavra caia no coração mais profundamente e se encontre
com a nossa experiência de vida. Não se trata de debater ou discutir, mas de
acolher a Palavra do Senhor viva e atual. O fundamental na meditação é
descobrirmos juntos a boa nova que nos vem por meio desta palavra e o que ela
pede de nós.
·
Na renovação litúrgica, os responsos foram
mantidos para conservar o caráter contemplativo próprio do oficio divino. Tem a
função de responder a palavra. No Oficio Divino das Comunidades sugere-se para
depois da palavra: "silêncio,
partilha, refrãos...". Quando a leitura for do evangelho, canta-se,
antes e depois, uma aclamação.
H) CÂNTICO EVANGÉLICO
É costume
antigo da igreja cantar, no oficio da manhã, o cântico de Zacarias, ao
despontar para nós o Sol da Justiça; à tarde, o cântico de Maria, dando graças
ao Pai por sua manifestação na história, e, à noite, o cântico de Simeão, na
grata e serena alegria de quem viu a salvação acontecer.
Estes cânticos evangélicos
compostos por Lucas a partir de textos bíblicos anteriores, gozam de importância
especial, por sua referência a Jesus Cristo e são consideradas na tradição
romana e monástica ocidental, o ápice da liturgia das horas nas laudes,
vésperas e completas. Expressam louvor e ação de graças pela redenção. Há no
Oficio Divino das Comunidades, boas versões cantadas.
I) PRECES, PAI NOSSO,
ORAÇÃO E BÊNÇÃO
Louvar,
agradecer, pedir, suplicar, interceder pela humanidade é tarefa de cada
comunidade cristã como povo sacerdotal. Alguém faz o convite e propõe a
resposta, de preferência cantada. Após as intenções que constam no texto da LH,
as pessoas podem apresentar espontaneamente as suas preces. No final, todos
recitam ou cantam o Pai nosso, acrescentando: Pois vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre, como faziam
as comunidades dos primeiros séculos, e como é costume até hoje nas igrejas
evangélicas. O(a) coordenador(a) conclui as preces com uma breve oração (ODC p.
14).
J) BÊNÇÃO
O oficio se conclui com uma
bênção. Depois da bênção, a coordenadora ou coordenador despede a assembléia
convidando a prolongar o louvor nos afazeres da vida: Bendigamos ao Senhor...
Quer dizer: Continuemos a bendizer o Senhor, ao longo deste dia, desta noite,
em nossos trabalhos...
10. Os ministérios na Liturgia das Horas
"Na
celebração da Liturgia das Horas, como nas demais ações litúrgicas, 'cada qual,
ministro ou fiel, ao desempenhar a própria função, faça tudo e somente aquilo
que lhe compete pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas"' (IGLH,
n. 253).
Cabe ao coordenador ou
coordenadora do Oficio dar início com o verso introdutório, começar a oração do
Senhor, proferir a oração conclusiva, saudar o povo, abençoá-lo e despedi-lo (IGLH,
n. 256).
Quem
desempenha o oficio de leitor, proclamará em pé, do lugar apropriado, as
leituras longas ou breves (IGLH, n. 259).
Cabe ao cantor ou cantores
iniciar as antífonas, salmos ou demais cantos.
11. Gestos e atitudes
Todos
participa de pé: durante a abertura, o hino, os cântico evangélico, as preces,
o Pai-osso e a oração conclusiva (IGLH, n. 263). Todos participam sentados da
proclamação das leituras (exceto o Evangelho ); de pé ou sentados, conforme o
costuma, da recitação dos salmos e demais cânticos com suas antífonas (IGLH,
nn. 264-265).
Todos fazem o sinal-da-cruz, da
fronte ao peito e do ombro esquerdo ao direito: no início das horas, quando se
diz, "vinde, ó Deus em meu auxílio...",
no início dos cânticos evangélicos. Faz o sinal-da-cruz sobre os lábios, no
início do invitatório, às palavra "abre,
Senhor, os meus lábios".
12. Missa no ofício
No oficio da manhã (IGLH n. 94):
A ação começa
com o verso introdutório e o hino da oração da manhã.
Segue-se a
salmodia da oração da manhã como de costume.
Oração do dia.
Liturgia da
Palavra, como de costume, incluindo as preces que podem ser tomadas do oficio
da manhã. Após a comunhão com o seu canto próprio, canta-se o cântico de
Zacarias com sua, antífona da Oração da manhã. Oração pós comunhão bênção e
despedida.
No Oficio da tarde (IGLH n. 96):
A ação começa
com o verso introdutório e o hino da oração da tarde.
Segue-se a
salmodia da oração da tarde como de costume.
Oração do dia.
Liturgia da
Palavra, como de costume, incluindo as preces que podem ser tomadas do oficio
da tarde.
Após a
comunhão com o seu canto próprio, canta-se o cântico de Maria com sua antífona
da Oração da tarde.
Oração pós
comunhão bênção e despedida.
BIBLIOGRAFIA
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO, Instrução
Geral sobre a Liturgia das Horas (02.02.1971), in: Ofício divino renovado coliforme decreto do Concílio Vaticano
promulgado por Paulo VI. Liturgia das Horas, vol. I, Tempo do advento e
tempo do natal, Petrópolis: Vozes; São Paulo: /Paulinas/Paulus/ Ave Maria, 1995,
p.21-82.
PAULO VI. "Constituição
Apostólica sobre o Oficio Divino", in: Ofício Divino, renovado conforme o decreto do Concílio Vaticano II e
promulgado por Paulo VI. Liturgia das Horas, vol. I, Tempo do advento e Tempo
do natal, São Paulo, Vozes/Paulinas/Paulus/Ave Maria, 1995. p. 13-20
PEREGRINAÇÃO DE ETÉRIA: Liturgia
e catequese em Jerusalém no IV século. Tradução do orginal latino e notas
de Maria da glória Novak. Comentários de Alberto Beckhauser. 2ª ed. Petrópolis,
1977, 127 p.
BOROBIO, Dionizio. A Celebração
na Igreja: ritmos e tempos da celebração. Tradução João Rezende Costa. São
Paulo: Loyola , p. 267-485. Título original: La celebración em
la Igresia III.
SOUZA, Marcelo de Barros. Descolonizar
a oração da igreja. In Revista de
Liturgia, São Paulo, v. 21, n. 124 p. 27-32, jul./ago. 1994.
VELOSO, Reginaldo. Elementos do
Oficio Divino das Comunidades. In Revista
de Liturgia, São Paulo, v. 15, n. 86 p. 53-55, mar/abr. 1988.
BUYST, Ione. Cristo ressuscitou:
meditação litúrgica com um hino pascal. São Paulo: Paulus, 1995. 198 p.
BASTOS, Geraldo Leite. Entrevista.
In Revista de Liturgia, São Paulo, v.
13, p. 76, p. 15-17, jul./ago. 1986.
BASTOS, Geraldo Leite. Entrevista.
In Revista de Liturgia, São Paulo, v.
15 n. 86 p. 56-58, mar./abr. 1988.
Entrevista com Padre André Louf, monge trapista. Revita Jesus, agosto 2001, n. 8, p. 79-80.
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